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Peso do capulho

O peso médio do capulho (PMC) é o segundo componente de produção mais importante, após o número de capulhos (NC). Em produtividades de até 1600 kg/ha de fibra a correlação do PMC com a produtividade é inferior á 44%, mas em níveis produtivos superiores á 1600 kg/ha a participação é mais significativa (80%), pois o aumento do NC é limitado.

O PMC é resultado do número de fibras por área da superfície da semente e do peso médio de cada fibra. O número de fibras é primariamente definido pela genética da cultivar, porém pode ser influenciado pelo ambiente. O peso da fibra também tem predisposição genética mas é muito mais sensível á variação do ambiente.

Água – A água possui como papel básico a expansão da célula (fibra), logo, se ocorrer deficiência hídrica nos primeiros 20 dias após a abertura da flor (antese), a tendência é que se tenha fibras mais curtas, limitando assim a área de depósito de celulose.

Luz – A falta de luminosidade reduz a fotossintese e portanto a produção de carboidratos (celulose compõe mais de 90% da fibra), assim a ocorrência de períodos nublados ou autossombreamento excessivo podem limitar o acúmulo de carboidratos na parede secundária da fibra sobretudo no período entre 20 e 45 dias após a antese, resultando em fibras mais leves, de baixo micronaire e resistência.

Temperatura – A temperatura elevada reduz o peso da fibra devido ao aumento da respiração consumir os carboidratos produzidos. Por outro lado, a baixa temperatura reduz a atividade da rubisco (enzima responsável pela fixação do CO2), e portanto a produção de carboidratos.

Manejo – Adubações nitrogenadas em doses excessivas ou em épocas inadequadas tendem a estimular o crescimento vegetativo, e se não houver um bom manejo de regulador de crescimento, poderá haver competição por carboidratos com o enchimento dos frutos. O equilíbrio entre N e K nas adubações também é importante para garantir boa taxa de transferência de carboidratos das fontes (folhas) aos drenos (maçãs).   


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